Supostamente estas crónicas teriam sido publicadas diariamente no decorrer da nossa participação na Gothia Cup, relatando as vivências do dia-a-dia. Logisticamente não foi possível fazê-lo, pelo que vamos tentar recriar os momentos mais marcantes, como estes foram tantos, talvez me escapem alguns, como tal, ficam todos, desde já, convidados para participarem e deixarem os vossos testemunhos, comentando e enriquecendo esta página. Podem também enviar-me os vossos textos por e-mail, pois terei todo o prazer em reproduzi-los neste espaço.
deu o contributo, entenda-se "trabalho" que estava ao seu alcance, claro está que uns foram mais participativos do que outros, mas o mentor e o trabalhador-mor deste projecto foi o Armando Lopes; desmultiplicou-se em mil e uma facetas, a sua capacidade organizativa e de planeamento parece interminável, todos os pormenores são pensados, nada é esquecido, poderia aqui escrever linhas e linhas sobre o seu trabalho, mas resume-se aos resultados finais que foram obtidos e digo resultados porque o êxito foi alcançado em várias vertentes.
O resultado desportivo foi um meritório e honrado 2.º lugar numa competição internacional de elevado nível e estamos a falar de uma equipa escolar que se reuniu a espaços durante um ano lectivo, não se trata de uma equipa que tenha treinado em conjunto durante toda uma época desportiva, claro que os atletas dos Lobatos são alguns dos melhores praticantes de dois dos melhores clubes do distrito de Setúbal (o Ginásio Clube de Corroios e o Amora Futebol Clube), mas sem dúvida que é necessário saber obter deles o seu melhor rendimento.
O resultado da participação social e da representação de uma escola, de uma região, de um país, foi também exemplar; os Lobatos deixaram marca, equipavam a rigor, souberam sempre comportar-se, foram acarinhados e aplaudidos, mostraram que sabem estar. As refeições que foram feitas fora do programa da Gothia foram planeadas com antecedência. As desçlocações de atletas, técnico, directores, pais e familiares foram previamente acauteladas. A ocupação e a gestão dos tempos livres dos atletas, nomeadamente no dia seguinte ao do final da competição foi também pensada anteriormente. A preocupação de que os pais que acompanharam a comitiva ficassem instalados próximo da equipa foi tida em conta, assim como a importância de estarem sempre presente e apoiantes, com as limitações que se julgaram sensatas. Tudo foi pensado antecipadamente, atempadamente e ao pormenor. Tudo isto contribuiu para o êxito final. Tudo, justiça seja feita, foi pensado por um homem. Merece o nosso aplauso, o nosso agradecimento, a nossa amizade e mereceu o tão desejado e ambicionado troféu. Parabéns Armando!
No dia 17 de Julho de 2011, na maioria das casas dos Lobatos a alvorada terá sido por volta das 05:00, reunimo-nos às 06:00 na estação de serviço de Corroios e pelas 06:15, depois das despedidas, partia o autocarro que nos haveria de levar ao Aeroporto de Lisboa, no qual continuaram as peripécias que se tinham iniciado no dia anterior mas que foram ultrapassadas; a família Lobatos foi dividida por três vôos diferentes; todos chegaram bem a Gotemburgo, onde um transfer nos aguardava para nos levar até à escola onde ficámos alojados durante a semana seguinte.
O Miguel Torres viajou na companhia da família Lopes e juntar-se-ia, com grande alegria de todos, aos seus companheiros em Bruxelas.
O Gonçalo Teixeira perdeu a carteira com algum dinheiro em coroas suecas e, mais preocupante, com a sua identificação, mas tudo se haveria de resolver.
O resultado da participação social e da representação de uma escola, de uma região, de um país, foi também exemplar; os Lobatos deixaram marca, equipavam a rigor, souberam sempre comportar-se, foram acarinhados e aplaudidos, mostraram que sabem estar. As refeições que foram feitas fora do programa da Gothia foram planeadas com antecedência. As desçlocações de atletas, técnico, directores, pais e familiares foram previamente acauteladas. A ocupação e a gestão dos tempos livres dos atletas, nomeadamente no dia seguinte ao do final da competição foi também pensada anteriormente. A preocupação de que os pais que acompanharam a comitiva ficassem instalados próximo da equipa foi tida em conta, assim como a importância de estarem sempre presente e apoiantes, com as limitações que se julgaram sensatas. Tudo foi pensado antecipadamente, atempadamente e ao pormenor. Tudo isto contribuiu para o êxito final. Tudo, justiça seja feita, foi pensado por um homem. Merece o nosso aplauso, o nosso agradecimento, a nossa amizade e mereceu o tão desejado e ambicionado troféu. Parabéns Armando!
No dia 17 de Julho de 2011, na maioria das casas dos Lobatos a alvorada terá sido por volta das 05:00, reunimo-nos às 06:00 na estação de serviço de Corroios e pelas 06:15, depois das despedidas, partia o autocarro que nos haveria de levar ao Aeroporto de Lisboa, no qual continuaram as peripécias que se tinham iniciado no dia anterior mas que foram ultrapassadas; a família Lobatos foi dividida por três vôos diferentes; todos chegaram bem a Gotemburgo, onde um transfer nos aguardava para nos levar até à escola onde ficámos alojados durante a semana seguinte.
O Miguel Torres viajou na companhia da família Lopes e juntar-se-ia, com grande alegria de todos, aos seus companheiros em Bruxelas.
O Gonçalo Teixeira perdeu a carteira com algum dinheiro em coroas suecas e, mais preocupante, com a sua identificação, mas tudo se haveria de resolver.
À saída do Aeroporto de Gotemburgo e ao passarmos pela praça de táxis, recebemos as primeiras manifestações de apoio, facto que se repetiria, para nossa satisfação e felicidade, muitas mais vezes ao longo da nossa estadia na Suécia. Os taxistas, provavelmente emigrantes de diferentes países, aplaudiram-nos de pé, faziam questão de cumprimentar os miúdos e entoaram: Portugal! Portugal! Não se podia querer mais para quem acabava de aterrar.
Os atletas foram alojados numa sala de aula, onde foi necessário montar todas as camas e organizar, dentro do possível, o pouco espaço que sobrou. Foram momentos de alguma tensão e stress para os pais que faziam parte do staff, deu para ficarmos com uma ideia do que íamos ter pela frente, facilmente se cai na desordem. Tinhamos de aprender algumas técnicas, rapidamente as assimilámos e as descobrimos até como inatas. Confesso que fiquei mito preocupado sobre como iria passar a próxima semana, co o iria conseguir dormir e descansar? O Armando decidiu que dormiria junto dos seus Lobatinhos e a "nossa irmã" e intérprete brasileira, Larrisa, arranjou uma sala para os directores, o que foi importantíssimo, pois rapidamente se transformou em espaço de retiro para o técnico e directores e em centro de massagens e de recuperação dos atletas, foi também aqui que foi servida aos atletas a última refeição antes da partida para Lisboa, um adocicado e retemperante pequeno-almoço.
A primeira refeição em Gotemburgo foi o jantar servido no refeitório da escola e foi excelente quer em qualidade, quer em quantidade, fiquei a saber que a massa à bolonhesa também pode ter grão. As refeições principais são feitas à base de carne picada e também de muita lasanha, com muita variedade de massas e de saladas, com milho, feijão e grão, molhos com base de natas, água natural e água gaseificada e fruta. Ao pequeno-almoço temos pão do tipo panrico, pão escuro, pão com sementes, queijo, fiambre, ovos cozidos, carne assada, doce, cereais, leite, iogurte líquido e sumo natural de laranja. A comida é abundante, come-se o que se tem na vontade. O refeitório é mantido nas melhores condições de higiene. E falando de hgiene, também as casas-de-banho são limpas e higienizadas várias vezes ao dia, a educação e a cultura de cada um fazem o resto. Os banhos são tomados num balneário amplo com duas enormes salas de vestiário, também aqui as diferenças de cultura se revelam, mas a limpeza das instalações permanece como uma das prioridades da organização. Como curiosidade e já que um dos enriquecimentos, senão o principal, é a troca de experiências e a convivência com diferentes culturas, não deixa de ser engraçado que os meninos marroquinos se escandalizassem ao verem os nossos rapazes com naturalidade a tomarem banho todos nus e quase lhes ordenassem que vestissem os boxers.
Depois do jantar, houve uma visita ao Parque de Diversões e um pequeno passeio, pois a chuva neste primeiro final de dia não abrandou desde que chegámos, pelas ruas da proximidade da nossa escola. Os nossos rapazes fizeram os primeiras contactos com as diferentes culturas, entenda-se, com as meninas suecas com que se iam cruzando e trocando olhares e sorrisos.
É admirável, o tão enaltecido, civismo nórdico, as ruas estão limpas, o trânsito circula ordenado, nas principais ruas e avenidas existem as duas faixas para a circulação automóvel, duas faixas para o metropolitano de superfície (semelhante ao Metropolitano Sul do Tejo e com muitas carruagens como as dos eléctricos antigos de Lisboa, só muda na cor: o azul), os passeios para os peões, uma pista para corrida e ou marcha e uma pista para velocípedes, é díficil de obter? Não me parece. Poupa-se no luxo e na ostentação e investe-se nas infra-estruturas e na qualidade de vida. Um exemplo, as rotundas em Gotemburgo não têm estátuas, fontes luminosas, repuxos, ou sofisticados canteiros de flores, e ficam de certeza bem mais baratas do que muitas das que temos no nosso país, pois são cobertas apenas com relva. Outro exemplo, o maior centro comercial da Escandinávia, o qual visitámos algumas vezes, não tem mármores importados de Itália, nem outras futilidades de encomenda, a porta de entrada é simple e funcional, ou está aberta ou empurra-se com a mão, não é uma entrada apalaçada e são muitos os exemplos que se poderiam mencionar.
Obviamente, o facto de Gotemburgo ser uma cidade plana facilita a utilização das bicicletas como meio de transporte, as quais são deixadas liremente nas ruas sem serem "desviadas".
No quarto foi feito após uma palestra do técnico, sobre a presença dos Lobatos na Gothia Cup e sobre os objectivos a alcançar, entre outros: «Tal como disse no almoço de confraternização antes da nossa partida, viemos aqui para ganhar!». Este discurso revelaer-se-ia crucial.
No quarto dos directores montam-se as camas e organiza-se o espaço, deitamo-nos por volta das 00:30. Iniciam-se os testes ao roncar dos motores (quem lá esteve, sabe do que estou a falar), testes que se repetiriam todas as noites. Penso que fiquei sempre em quarto lugar: o último. Por volta das 04:00, acordo com a claridade, reparo que há um companheiro que já circula pelo quarto embrulhado num lençol. São longos os dias, às 23:00 ainda se tem o lusco-fusco e às 05:00 assustamo-nos, pois parece-nos que não ouvimos o despertador tocar e que já são 10:00. Percebo que quando chegar a casa terei um considerável capital acumulado de horas por dormir.