Os Lobatos Foot garantiram desta forma a presença na final deste torneio, que será disputada no dia 25 de Abril e na qual defrontarão o Almada A. C. que no outro jogo da primeira eliminatória venceu a equipa local do Paio Pires F. C.
É de salientar que o Cova da Piedade é uma equipa da III Divisão Distrital da Associação de Futebol de Setúbal e que no espaço de uma semana foi derrotada por duas vezes pelos Lobatos Foot, o que é um indicador da qualidade do futebol que vem sendo desenvolvido, assim como do empenho e trabalho da equipa técnica que têm vindo a ser espelhados dentro de campo pelos atletas.
Ficam, então, a crónica e alguns registos desse jogo.
PARABÉNS LOBATOS!!!
LOBATOS FOOT — 3 COVA DA PIEDADE — 0
Campo do Vale de Abelha
23/ABRIL/2011
MEIA-FINAL
No jogo da meia-final deste torneio, defrontámos uma equipa já nossa conhecida — o Cova da Piedade — e que, por esse motivo, não nos reservava surpresas. Embora tivéssemos algumas baixas devido ao período Pascal, os dezasseis atletas que marcaram presença cumpriram muito bem e estiveram em bom plano, fazendo, mais um, excelente jogo. Prosseguindo na sua análise, o Professor Armando Lopes, considera que, defensivamente, fizemos o nosso melhor jogo, uma vez que o nosso adversário não conseguiu criar perigo junto da nossa área. Aqui, importa referir o bom trabalho defensivo por parte dos avançados e dos extremos que ao defenderem e, principalmente, ao posicionarem-se de forma correcta, obrigam a que os nossos adversários sintam muitas dificuldades em progredir com a bola controlada. Muito bem nos cantos a favor onde obtivemos dois golos e nos cantos contra onde o posicionamento começa a estar automatizado.
Na baliza, Alexandre Peixe foi mais um espectador do que um jogador activo pois raramente tocou na bola e quando o fez esteve sempre bem.
Guilherme Cardoso, Tiago Marques e Ricardo Marques, nas laterais, estiveram ao melhor nível, muito certos defensivamente e entregando a bola jogável.
Miguel Torres e Gonçalo Lopes foram os centrais de serviço e chegaram para os avançados do Cova da Piedade.
Gonçalo Rufio fez um jogo de encher o campo, esteve muito bem a cobrir os espaços e a dar continuidade aos lances ofensivos.
Lucas Duarte, Miguel Mestre, Eduardo Costa e Gonçalo Santos foram a linha média que esteve num plano muito bom. A prestação de Lucas foi crescendo ao longo do jogo, acabando muito bem; Edu fez um grande jogo, entrou, equilibrou o meio-campo e equipa cresceu com ele; Mestre realizou mais um jogo de encher o campo, ao seu melhor nível; Gonçalo Santos (1 golo) jogou nas costas do jogador mais avançado e esteve muito bem nessa posição mais recuada com uma excelente entrega e fazendo aberturas para os extremos e para o avançado.
Miguel Freches, Gonçalo Abreu, Ricardo Carvalho e João Borralho, os nossos extremos começam a ser um dos segredos do nosso sucesso, pelo seu posicionamento defensivo e com bons momentos em termos atacantes. Borralho (1 golo g. p.) tem vindo a atingir bons índices de confiança e o seu potencial fica patente dentro de campo; Abreu teve uma boa prestação junto à linha, muito bem defensivamente e com iniciativas atacantes; Ricardinho continua a ganhar confiança e as suas prestações vêm subindo de nível, como demonstrou com uma assistência magnífica para golo; Freches (1 golo) realizou uma boa partida, estando atento e sendo oportuno na obtenção do golo e sofrendo ainda a falta que originou a grande penalidade, teve uma atitude excelente nos cantos contra.
Tiago Lopes efectuou mais um bom jogo, onde cumpriu com as tarefas que lhe foram destinadas com apontamentos muito bons, tal como um passe atrasado para Freches em que, erradamente, foi marcado um fora-de-jogo.
LOBATOS FOOT— 1 ALMADA A. C. — 0
Campo do Vale de Abelha
25/ABRIL/2011
FINAL
A festa foi feita pelos Lobatos Foot na final do Torneio de Paio Pires, Sub-15. O Almada A. C. vendeu cara a derrota o que valorizou ainda mais a nossa vitória neste torneio. No final do jogo, o Professor Armando Lopes tinha a felicidade estampada no rosto, os seus meninos, os seus Lobatinhos, como carinhosamente os trata, tinham estudado bem a cartilha que lhes leccionou e em campo puseram-na em prática, obtendo uma excelente vitória, com atitude e humildade e com qualidade no futebol praticado. É para este homem que vão, em primeiro lugar, os parabéns, sabendo de antemão que desaprova que o faça (e em público muito menos), mas... é verdade e, como mandam as regras da cortesia, as verdades são para serem ditas, os Lobatos são um grupo, são uma equipa, começam a tornar-se uma “família”, mas é este o rosto da liderança que lhe confere espírito de sacrifício, de trabalho, de união, de luta, de paixão e de alegria, por agora deixamos a sua análise ao jogo, noutro momento deixaremos nós, as nossas palavras sobre a mística de ser Lobato.
Voltámos a estar num plano muito bom, num teste que considero ter sido muito difícil face à agressividade e à grande carga emotiva que o nosso adversário colocou em campo, tal como eu previa que viria a acontecer. Felizmente estávamos preparados e nunca nos deixámos levar pelo jogo “sujo” deles e desta forma nunca perdemos a concentração. Jogámos contra um adversário que apesar de ter alguns bons jogadores, opta por um estilo de jogo conflituoso e mesmo violento, relembro apenas as entradas maldosas, na primeira parte, sobre o Gonçalo Abreu, que o viria a impedir de continuar em campo, Tiago Lopes e Alexandre Peixe. Soubemos dar a volta à situação e nunca virámos a cara à luta, não nos intimidámos com esse jogo por parte deles e o resultado está à vista. Sempre a controlar o jogo e a procurar jogar com a bola no chão. Mostrámos, mais uma vez, um extraordinário espírito de equipa, assim se constroem os campeões e os meus Lobatos foram-no em campo e fora dele. Mais uma vez, para eles, os merecidos PARABÉNS!
O Alexandre Peixe foi enorme na baliza, fez uma defesa, só ao nível dos predestinados, a negar o golo, de resto esteve sempre seguro; o Gonçalo Teixeira, apesar de lesionado, esteve no banco e foi importante e exemplar o seu constante apoio aos colegas (assim como a preciosa ajuda que me prestou na recolha dos dados estatísticos do jogo. Um abraço, amigo, fico a dever-te esta).
Guilherme Cardoso, Tiago Marques e Ricardo Marques foram os nossos laterais esquerdos. Tiago e Gui tiveram mais trabalho em consequência das subidas quase sempre muito velozes do extremo direito do Almada; Ricardo Marques fez um grande jogo, tanto na função de lateral como na de extremo na parte final da partida.
Miguel Torres e Gonçalo Lopes desempenharam as tarefas de centrais, fazendo um grande jogo, onde estiveram muito bem nas tomadas de decisão, quer a defender, quer a atacar.
Gonçalo Rufio e Filipe Miranda (Pipo) tiveram momentos muito bons, actuando muito concentrados, defensivamente foram um relógio suíço.
Lucas Duarte, Miguel Mestre e Eduardo Costa constituíram o trio de médios interiores e encheram o campo com a magia do seu futebol, deram conta do recado em termos defensivos e criaram vários desequilíbrios na zona média, num desses desequilíbrios assistimos a um momento de inspiração do Mestre que com uma jogada fabulosa fez a assistência para o golo da vitória.
Miguel Freches, Gonçalo Abreu, Ricardo Carvalho e João Borralho, os nossos extremos cumpriram a sua tarefa. Abreu saiu lesionado aos 15 minutos quando estava a segurar a ala esquerda do ataque do Almada e a criar perigo em termos ofensivos, teve ainda tempo para um excelente remate à trave; Borralho continua a subir de rendimento, a sua criatividade e o seu sentido de oportunidade quase davam golo num chapéu ao guarda-redes; Ricardinho esteve em bom plano em termos ofensivos e defensivos, com um pormenor excelente de uma recuperação de bola junto à nossa área; Freches fez um jogo esforçado de bom trabalho defensivo e com algumas excelentes jogadas onde esteve perto de chegar ao golo.
Gonçalo Santos e Tiago Lopes foram os jogadores mais avançados e estiveram em bom plano. Gonçalo cumpriu o que lhe foi pedido e teve pormenores onde mostrou toda a sua classe; Tiago marcou um grande golo, golo esse que valeu um troféu, atravessa um excelente momento de forma, esteve muito bem tanto defensivamente, como nos passes a solicitar os extremos.
Com a participação neste torneio completou-se um ciclo de cinco jogos, com outras tantas vitórias, um golo sofrido e nove marcados, sete assistências e um troféu conquistado. Melhor seria difícil de atingir, atendendo ao ainda reduzido tempo de preparação.
